Baby Boomers (1946 a 1964), X (1960 a 1980), Y (1980 a 2000) e Z (1990 a 2010) são hoje as gerações que dividem espaço e ideias na maioria das empresas. Obviamente que não é fácil adotar processos e ações que atendam aos distintos anseios e expectativas que cada uma dessas gerações traz.
Fora que é humanamente impossível de o RH acompanhar todos esses públicos sem dispor das ferramentas certas, mas, sobretudo, sem antes dar-se conta de que eles são mais do que meros empregados.
“Acredito que o grande start seja começar a pensar no colaborador como um cliente, entendendo que ele tem uma jornada e que o nosso papel é entender e servir essa jornada, melhorando sua experiência do momento em que ele se aplica para uma vaga até o momento em que ele sai da empresa”, evidencia Frederico Lacerda, da Pin People, startup de gestão de pessoas.
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Diferenças cruciais
Cada geração tem suas particularidades e, quando sua empresa está em contato com todas elas, é importante saber identificar as aspirações de cada uma.
A consultoria Universum realizou um levantamento em mais de 19 países sobre as diferentes gerações no ambiente de trabalho e chegou a conclusões interessantes.
Exatamente 61% dos entrevistados das gerações Y e Z dizem que é essencial assumir um cargo de liderança, enquanto isso é colocado por 57% dos profissionais da geração X. Apesar de os números serem próximos, vale ressaltar que esse percentual varia de país para país.
Quando perguntados se realizariam um curso online oferecido pela empresa, 70% dos entrevistados da geração Z, 77% da geração Y e 78% da geração X disseram que sim.
Todas as gerações demonstram certa preocupação com a adaptação no ambiente de trabalho: para 50% das gerações Y e Z e 40% da geração X, é importante conseguir adaptar suas personalidades ao trabalho.
Demanda intelectual
O sócio-fundador da consultoria Havik, Ricardo Barcelos, toca em outro ponto interessante quando o assunto é RH estratégico. No contexto em que a tecnologia tende a reduzir de 20% a 30% das funções mais operacionais, surgirão outras mais analíticas.
Sobrará espaço para uma relevância maior no apoio ao CEO nas principais decisões, sobretudo naquelas de transformação sistêmica e de estrutura organizacional.
“Eu entendo que muitos psicólogos, cientistas humanos, vão ganhar força. São eles que vão se debruçar sobre essas novas tecnologias e descobrir como funciona o racional de uma inteligência artificial, que depende de comandos humanos. É preciso orientar e criar relações para que o sistema dê um resultado eficiente. Portanto, a visão e a sensibilidade humana, o que a máquina não fará em curto prazo, é onde entra o diferencial”.
O executivo completa lembrando que contabilidade, help desk e RH saíram direto do porão para se estabelecerem ao lado do presidente.