Lidar com ambientes que mesclam diversidade de gerações, dentre elas Baby Boomers, X, Y e Z, requer um departamento de recursos humanos com gente preparada e munida das mais diferentes soluções disponíveis: Cloud, SaaS, Biga Data, Internet das Coisas, Inteligência Artificial, dentre outras. Fato é que opções não faltam. Mas será que sobra consciência do RH para se reinventar e se render ao digital?
É crescente a lista de atribuições que as empresas exigem dos profissionais de Recursos Humanos. Há nesse jogo, claro, a pressão por resultados. Mas resultados rápidos! Afinal, o ditado ‘tempo é dinheiro’ segue vivo na mente da alta liderança.
Somando-se a isso, vemos ambientes corporativos que oferecem uma verdadeira salada de gerações e opiniões, um cenário para lá de desafiador para quem visa ser mais estratégico e ganhar relevância cada vez maior dentro de uma organização.
A importância de um RH eficiente
Não é de hoje que as empresas tomaram conhecimento da importância do RH não apenas na contratação de trabalhadores com perfis e motivações certas, mas também para que eles sejam frequentemente avaliados e treinados.
A dúvida que fica é se os profissionais de recursos humanos têm braços suficientes para dar conta de tudo sem recorrer às soluções digitais.
De acordo com Ricardo Barcelos, sócio-fundador da Havik Innovative Executive Search, o RH exerce um papel de influenciador no que diz respeito ao equilíbrio do orçamento entre recrutamento e desenvolvimento.
“É muito comum vermos organizações que investem mais dinheiro para desenvolver e treinar pessoas do que para contratar. Talvez faça mais sentido você inverter esse orçamento, ou seja, investir mais tempo, ser mais cuidadoso para identificar um perfil e contratar, porque custa caro errar. Dependendo da função, no caso de um profissional de diretoria mal contratado, você coloca em risco um ano inteiro de projeto ou até mesmo o próprio projeto”, explica Barcelos.
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O que afirma Barcelos se comprova nas palavras de Frederico Lacerda, cofundador e CEO da Pin People, startup digital com foco em people analytics e employee experience, justamente soluções que dão maior poder de alcance e assertividade ao RH.
“Tivemos um cliente que aplicou a nossa ferramenta de monitoramento de experiência dos colaboradores no primeiro ano em uma área que vinha experimentando desafios de retenção”, conta Lacerda. “Com os resultados, conseguiram entender a origem dos problemas, além de descobrir que estavam contratando pessoas com expectativas desalinhadas ao que a empresa poderia entregar. Após isso, resolveram levar para toda a organização e começaram a medir isso de forma contínua.”
Lidando com a burocracia por meio da tecnologia
Se contratar certo ou corrigir uma má contração a tempo pode evitar prejuízo, imagine valer-se de soluções que fazem a parte mais burocrática do trabalho do recrutador durante a admissão.
Sócio-diretor da Soft Trade, que desenvolve sistemas de apoio para gestão de pessoas, Arthur Asnis diz que é grande a procura por sua Plataforma de Pré-admissão.
Nela, o candidato aprovado digita todos os seus dados (e de seus dependentes), incluindo informações e adesão a benefícios, e os documentos necessários e demandados pela empresa.
Geralmente, isso é feito entre 40 e 80 minutos, sendo que a própria Soft Trade integra documentos e a qualificação cadastral ao eSocial. Assim que são validadas, todas essas informações são integradas automaticamente à folha de pagamento do cliente.
“Como resultado, além da qualidade, a empresa economiza tempo de seus profissionais, podendo direcionar a capacidade deles para trabalhos menos operativos e mais estratégicos”, completa Asnis.