Na semana que marca o Dia Internacional da Mulher, trazemos alguns números e estatísticas sobre a presença de mulheres no mercado de trabalho. Infelizmente, a disparidade de gênero ainda aparece muito forte, como mostrou uma matéria publicada pelo site da Época Negócios.
Por isso, deixamos aqui alguns pontos importantes para a reflexão sobre como podemos melhorar a realidade delas no universo corporativo do Brasil. O seu RH, responsável pelos processos seletivos e por criar políticas internas, têm uma grande influência rumo a essa evolução.
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Mulheres estão ganhando menos
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), coletados em 2019 e divulgados no ano passado, as mulheres receberam, em média, 20% menos do que os homens para realizar as mesmas funções.
No acumulado de 2019, o que as mulheres ganharam em remuneração chegou a cerca de 77% do que os homens receberam no mesmo ano. Segundo o instituto, a disparidade é ainda maior para os cargos de chefia, o que nos leva a outro ponto importante....
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As mulheres não estão na liderança
Fora o desequilíbrio nos salários delas quando comparado com os pagamentos feitos aos homens, o IBGE ainda registrou que, em 2019, apenas cerca de 37% dos cargos de gerência eram ocupados por mulheres.
Já quando subimos o nível da hierarquia, chegando até o cargo de CEO, encontramos números ainda mais alarmantes. De acordo com um estudo da consultoria Bain & Company, entre as 250 maiores empresas do Brasil, apenas em 3% delas as mulheres estão no topo da pirâmide hierárquica. E qual o motivo de tanta diferença? Será o nível de escolaridade?
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Mulheres com nível superior são maioria
Para o IBGE, nível de instrução não é impeditivo para a chegada das mulheres aos cargos de chefia. Muito pelo contrário: o estudo conduzido pelo Instituto em 2019 apurou que por volta de 19% das mulheres com 25 anos ou mais concluiu o ensino superior, contra 15% dos homens na mesma faixa de idade.
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O que fazer pelas mulheres nas empresas?
Promover a equidade de gênero é um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS) promovidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) para a assegurar a prosperidade de nós, humanos, nos próximos anos. Assim, o assunto tem entrado com frequência nas discussões de responsabilidade corporativa.
Por isso, muitas empresas têm centrado esforços em programas de mentoria focados em preparar e expandir o número das líderes mulheres em seu quadro de colaboradores(as).
Mas, para que o número de mulheres no mercado de trabalho e, principalmente, em altos cargos, aumente, é necessário um comprometimento do RH junto à diretoria das corporações. Um assunto para ser debatido durante todo o ano, não apenas no mês de março, e que precisa se tornar de interesse para todos.
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Afinal, o mesmo estudo conduzido pela Bain & Company que acusou a ausência de CEOs mulheres também apontou que apenas 66% dos homens, frente a 82% das mulheres, acreditam que eliminar a desigualdade de gênero deveria ser uma das cinco principais preocupações das empresas.